segunda-feira, 1 de junho de 2009

E a educação...


Ah como eu torci para que Salvador fosse uma das cidades sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014, eu nem acreditava muito que poderíamos vencer, pois nossa capital soteropolitana tem muitos problemas de mobilidade e com certeza terá dificuldades em manter uma arena tão moderna como a que será construída. O projeto dentre os que foram apresentados nem era o mais bonito, mais com certeza foi um dos mais baratos e rentáveis para o Estado. Mas noutra oportunidade me deterei nestes aspectos que com certeza irão renovar a capital da alegria. Com certeza estamos todos comemorando, serão inúmeros investimentos e uma alavancada na economias baiana gerando muitos empregos. Mas como anda a educação?

Segue um informativo do DCE-UEFS (Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana):

O histórico ataque dos governos Carlistas contra as universidades estaduais na Bahia não foi interrompido com a derrubada dos  representantes desse corrente política. A manutenção do descaso para com a educação é perceptível, e isso se mostra explicitamente no 
cotidiano das Universidades Estaduais. No caso da UEFS podemos identificar diversos pontos que comprovam essa política "continuista" adotada pelo governo Jaques Wagner (PT). O atraso no pagamento das bolsas, a falta de professores e os demais problemas enfrentados nos diversos cursos mostram em que nível de prioridade se encontra a educação no "Governo de Todos Nós", que se utiliza do discurso da crise para "justificar" o abandono em que se encontra a educação no estado.

Esses problemas identificados em alguns cursos são apenas sintomas de um problema muito maior enfrentado atualmente pela UEFS. O orçamento previsto para o funcionamento da universidade, no ano de 2009, está estipulado em 163 milhões, porém, o governo do estado aprovou apenas 127 milhões. Sendo assim, o funcionamento da UEFS está extremamente ameaçado, havendo a possibilidade de paralisação por falta de elementos básicos. Estipula-se que o orçamento aprovado (127 milhões) garante o funcionamento da instituição apenas até agosto, não concluindo o semestre em curso. Para a reversão dessa situação é necessário que haja uma suplementação orçamentária, e o governo do estado já sinaliza que não haverá 
essa suplementação.

Além do problema orçamentário, a UEFS enfrenta outro grande problema relacionado à falta de professores. A universidade dispõe hoje de um quadro efetivo de professores que se limita a 850, sendo que para o funcionamento regular da instituição seriam necessários, no mínimo, 1300 professores efetivos. Dessa forma, temos um déficit de 450 professores. A limitação do quadro efetivo de professores é determinada pelo CONSAD (Conselho Superior de Administração) que, por sua vez, é regulamentado pela famigerada lei 7.176/97. Esse Conselho é composto, prioritariamente, por representantes e indicados do governo do estado, o que retira o poder de decisão da universidade, ferindo assim o direito garantido constitucionalmente de autonomia universitária.

[...] Exigimos prioridade para educação por parte do Governo Jaques Wagner (PT) e juntos entoarmos o grito: a UEFS não deve pagar pela crise.
DCE-UEFS

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