segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dias qualquer...

A madrugada transcorre friamente e o raiar do sol sobrevém lentamente, contudo é o seu sorriso que me desperta para o dia. E escuto: Bom dia! O pequeno almoço em sua presença é sempre a memória de como poderia não ser aquilo que já é há um tempo.
E assim escolhemos café ou um achocolatado quente mais pães com queijo e fiambre ou ainda biscoitos e geleia ou ainda iogurte e cereal, preparamos a refeição e ficamos concebendo o dia que virá. Tem sempre um olhar de quero conhecer mais, um olhar que procurar saber ainda o que de fato está acontecendo. Conversas, olhares, risos e lavar a louça... Fala-se sobre muitas coisas e cada um vai as suas leituras cotidianas. Ah, o ritmo deste lugar tem feito manhãs curtas e sendo a manhã de poucos estudos.
E logo chega o almoço. Tacitamente ficou ele como o preparador das saladas e ajudante para coisas miúdas e o prato principal sempre feito por ela. Cada dia um aprendizado novo para aqueles que a cozinha nunca foi um ambiente do dia-a-dia. Leves queimaduras, cortes no dedo, porém, nada que impeça a motivação (que às vezes nem há) de prosseguir na preparação da refeição. Importante frisar que a tecnologia virtual é a grande colaboradora para esses inventos diários, receitas retiradas da net mais criatividade com os ingredientes que se possui geram pequenas novas invenções todos os dias.
E como a manhã é sempre apertada, almoça-se e corre-se logo para o caminho de todo dia: vislumbrar as malagueiras, contemplar as muralhas, discutir o patrimônio edificado e quem sabe encontrar uma nova igreja aberta e adentrar no mundo mágico da cidade museu. Passos rápidos, pés ligeiros, caminho reto até chegar às partes mais altas da cidade que tem aproximadamente 300m de altitude. Feito esse esforço, sempre a visão do Colégio do Espírito Santo agraciam com seus mármores e sua azulejaria do início do século XVI.
Quase sempre o frio (comum) é sentido dentro das paredes do edifício renascentista e quando o frio permite, o caminho de casa é pelo caminho mais longo, uma nova rua a fim de perscrutar cada detalhe, cada possibilidade de se surpreender. E sempre essa cidade nos surpreende. A noite cai no mesmo ritmo que sobreveio a manhã: lentamente. Anoitece quase pelas 21h (isso por causa do horário de verão) e no caminho de volta (assim como no de ida) os sinos das dezenas de igrejas vão marcando os minutos que se passam em nosso caminhar.
 
E é casa outra vez, depois da refeição noturna, de rodadas de dominó com os amigos (sempre numa tentativa de não deixar o outro ganhar rsrs), palavras com a família e algumas páginas de estudo, vem a saudação de boa noite e damos lugar novamente à madrugada transcorrer friamente.

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