domingo, 14 de junho de 2009

História como ciência

A História é resultado das produções cognitivas e intelectivas por meio da pesquisa e explicitada através da historiografia, desta forma, a narrativa (um dos tipos de discursos históricos) se torna um fato social, isto é, a partir de uma produção cognitiva os fatos narrados materializam-se e passam a ser objetos de estudo, passíveis de reinterpretações e remodelações.

Destarte, a concepção de História como ciência não implica no seu afastamento da sociedade, muito embora, muitos afirmem que se deve afastar do objeto a ser estudado. A História, assim como a produção histórica partem do seio dos processos de permanências e cisões do sistema social e retornam a ele. Convém ressaltar que a História como ciência não parte da concepção metódica de Ranke: "a verdade nua", mas também não invalida a busca permanente pela composição do fato tal como aconteceu, apenas salienta para além de "desvelar" a verdade, a História tem além dos resultados da pesquisa, a pesquisa "historiografada" para o acesso tanto na academia e também para buscar a autocompreensão histórica do sujeito individual e do sujeito coletivo.

Assim fica evidenciado o uso prático do saber histórico, não obstante, esta historiografia também produza efeito cultural e receba influências culturais. A partir da produção historiográfica se pode reforçar ou desmentir determinadas práticas de cultura, ou seja, variando o tipo de discurso ou tipologia usada, a historiografia pode estar assimilando ou contrapondo determinadas conjunturas.

Esta produção historiográfica, resultado de uma pesquisa, orientada por métodos científicos, pode ser aliada, na hora de sua transcrição para o público-alvo, que é do presente, elaborar-se literariamente artística, de modo que a formatação histórica torne-se atraente, o que significa que o apelo à emoção do destinatário não ignora sua inteligência.

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