O império bizantino e sua política
FRANCO JUNIOR, Hilário, 1948; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. O império bizantino. 5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1995. 100 p
As estruturas políticas do império bizantino estavam intimamente ligadas à visão religiosa, “assim como Deus é o regulador da ordem cósmica, o imperador como seu prolongamento humano deveria ser o regulador da ordem social”. Bizâncio teve como legado os últimos momentos do império romano, que centralizou fortemente o poder do imperador, portanto, desde o início o império bizantino constituiu-se em um estado autocrata, com o imperador sendo basileus (aquele que dispões de verdade absoluta) e isapostólos (igual aos apóstolos, representante de Deus).
Todos poderiam concorrer ao trono, excetuando-se os eunucos, os cegos, os hereges e as mulheres, entretanto, apesar de não haver uma regra sucessória definida, o imperador ainda em vida coroava seu sucessor, que geralmente tendenciava para que o poder ficasse na mesma família.
O imperador bizantino era o todo-poderoso na terra, mas que tinha duas importantes restrições, a primeira é de que deveria comprometer-se a respeitar os decretos dos sete concílios ecumênicos e os direitos e privilégios da Igreja, a segunda restrição era a relação paradoxal de que o imperador ao mesmo tempo em que era a lei e as gerava, ele próprio estava submetido a elas.
Como pode se perceber, o império bizantino tinha caráter de forte centralismo e burocrático, em sua primeira fase fora composto por prefeituras, que eram divididas em dioceses que por sua vez eram divididas em províncias, tendo no comando respectivamente um prefeito pretoriano, um Vigário e um governador. A esta altura, o poder civil estava separado do militar, contudo, com as invasões estrangeiras de fins do século VI e início do VII fez o imperador criar os exarcados, principalmente nas fronteiras, os exarca atuava nas finanças, na justiça, nas obras públicas, na defesa e nomeava até mesmo eclesiásticos.
Essa experiência teve grande sucesso, o que levou alguns anos depois a sua ampliação, surgindo os themas, que chegou ao número de 31 no século X, a fim de impedir desmandos por parte de seus chefes. Os themas mais importantes eram os da Ásia Menor, à frente dos themas estava um estratego com poderes militares e civis. As tropas ali instaladas, recebiam terra para poderem cultivar e em tempos de guerra se juntavam para defender o império, eram verdadeiros soldados camponeses.
Este sistema fez emergir uma poderosa aristocracia agrária, que gradativamente foi rivalizando com o poder imperial, mas que em tempos de ameaça estrangeira eram atenuadas, como no casado da união de várias etnias e grupos, sob a prerrogativa de defender o mundo cristão, mesmo que intencionalidades políticas estivessem por detrás disso, dos islâmicos. Como os bizantinos se consideravam um povo eleito, uniram-se para defender sua civilização.
No século IX, quando Carlos Magno apoiado pelo papa se auto-intitulou imperador, os bizantinos viram isso como uma afronta, retomando antigas idéias de restabelecimento da unidade, “a resposta a isso foi o redespertar do universalismo bizantino, a reafirmação dos direitos exclusivos do único império universal, do único e genuíno continuador do Império Romano”, mas logo as dificuldades fizeram bizâncio focalizar suas atenções para os Bálcãs e o Oriente.
De meados do século X a meados do século XI, o império bizantino conheceu o seu ponto mais alto, apoiado na visão de mundo que se considerava como responsável por levar a ordem universal a todos os povos, o que levou a crença de superioridade bizantina, fazendo-os discriminar até mesmos os cristãos de outras etnias diferentes, como por exemplo, os francos e os búlgaros.
A partir disso podem-se delinear três fases do império bizantino, lembrando que existiram características que perduraram pelos seus mais de onze séculos de existência, são elas: o Alto império de 330 a 610 (fase da busca da identidade, deixando de ser um apêndice do Império Romano), o Médio Império de 610 a 1204 (longa fase que teve momentos difíceis e outros brilhantes, foi neste período que o império atingiu seu apogeu sob a dinastia macedônica que governou de 867 a 1056) e o Baixo Império de 1261 a 1453 (período posterior a ocupação latina de Constantinopla que perdurou de 1204 a 1261 da qual o império jamais recuperara seu esplendor.
Este sistema fez emergir uma poderosa aristocracia agrária, que gradativamente foi rivalizando com o poder imperial, mas que em tempos de ameaça estrangeira eram atenuadas, como no casado da união de várias etnias e grupos, sob a prerrogativa de defender o mundo cristão, mesmo que intencionalidades políticas estivessem por detrás disso, dos islâmicos. Como os bizantinos se consideravam um povo eleito, uniram-se para defender sua civilização.
No século IX, quando Carlos Magno apoiado pelo papa se auto-intitulou imperador, os bizantinos viram isso como uma afronta, retomando antigas idéias de restabelecimento da unidade, “a resposta a isso foi o redespertar do universalismo bizantino, a reafirmação dos direitos exclusivos do único império universal, do único e genuíno continuador do Império Romano”, mas logo as dificuldades fizeram bizâncio focalizar suas atenções para os Bálcãs e o Oriente.
De meados do século X a meados do século XI, o império bizantino conheceu o seu ponto mais alto, apoiado na visão de mundo que se considerava como responsável por levar a ordem universal a todos os povos, o que levou a crença de superioridade bizantina, fazendo-os discriminar até mesmos os cristãos de outras etnias diferentes, como por exemplo, os francos e os búlgaros.
A partir disso podem-se delinear três fases do império bizantino, lembrando que existiram características que perduraram pelos seus mais de onze séculos de existência, são elas: o Alto império de 330 a 610 (fase da busca da identidade, deixando de ser um apêndice do Império Romano), o Médio Império de 610 a 1204 (longa fase que teve momentos difíceis e outros brilhantes, foi neste período que o império atingiu seu apogeu sob a dinastia macedônica que governou de 867 a 1056) e o Baixo Império de 1261 a 1453 (período posterior a ocupação latina de Constantinopla que perdurou de 1204 a 1261 da qual o império jamais recuperara seu esplendor.
Marcadores: Medieval
7 Comentários:
achei bom o que o site mostra mas ñ achei o que eu queria
achei excelente!me ajudou bastante!obrigada!!!
gostei muito, muito obrigado.
Agradeço os coments... Podem vir dá uma olhada no blog sempre que quiserem.
ow que template vc usa no seu blog
se vc souber passa ae por favor
meu email e andre.luis.monteiro@hotmail.com
Ainda tô lendo.. u_u
Achei bom o site
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