sexta-feira, 26 de junho de 2009

Trechos da História de Portugal

MARQUES, A. H. de Oliveira. Breve história de Portugal. 3. ed Lisboa: Presença, c1995. 763 p

O nascimento de Portugal foi favorecida pela relação entre os reis e o imperador, a ameaça almorávida levou a Portugal cruzados, sobretudo franceses. A maioria dos cavaleiros e seus chefes eram filhos segundo, que mais tarde fixaram-se em terras portuguesas, casando-se com herdeiras dos reis, com consentimento da Igreja.



Afonso Henriques, filho de Tereza e do conde Raimundo, foi o primeiro monarca português e que se propôs a unificar as terras portuguesas. Apenas em 1143 houve um acordo de paz com o reinado de Leão, onde oficialmente a Igreja reconheceu o reinado de Afonso Henriques. A briga com o reino de Leão, cujo Afonso VII de Leão era um filho favorito do papado, fez com que o papa Lúcio II chame Afonso Henriques apenas de dux portugalensis e Portugal, de Terra. Quando o tributo sobe de quatro onças (120g) para dois marcos (460g) de ouro, o papa Alexandre III reconhece Portugal como Reino e Afonso como seu monarca.

A diocese mais importante portuguesa era Braga, e Afonso consegue unificar todas as outras dioceses sobe o primado de Braga, exceto Lisboa e o Alentejo, que nunca pertenceram a tal diocese.

O longo reinado do primeiro monarca português ajudou na consolidação do novo Estado. Ele fixou a fronteira cristã definitivamente no Tejo. O surto demográfico, comum à Europa daquele período, permitiu migrações internas e o começo de um movimento mercantil promissor.

Durante o reinado de Sancho I, a política de relações internacionais se manteve. Internamente, caracterizou-se por tarefas importantes de repovoamento ou de arroteamento de zonas bravias, servidos pelo surto demográfico, praticamente por todo o país e a norte do Tejo.
O prestígio e a capacidade de união interna chegaram ao fim com o advento do terceiro monarca Português: Afonso II (1211), que além de conflitos entre governantes, houve conflitos das camadas urbanas, isto é, os cavaleiro-vilãos, os mercadores, etc. A centralização do poder fez criar uma grande distância do rei e dos grandes senhores provocando alianças e formas de luta até aquele momento desconhecidos.

Portugal em meados do séc. XII possuía uma área de 34 mil km², seus habitantes poder-se-iam chegar a mais ou menos 400 mil com uma média de aproximadamente 16 hab/km². Havia poucos centros urbanos, mas um grande número de unidades rurais de exploração de terra por onde se fixavam os habitantes.

Braga era a principal cidade do Norte, tinha quatro paróquias e um número próximo de 5000 mil habitantes. Coimbra era a grande cidade do Sul, tinha funções de chefia religiosa, após estas duas cidades vinha o Porto como cidade importante, entretanto distante destas outras duas. Praticamente não havia latifúndios, quase todo o território era povoado por villaes.

A mobilidade social causada pela reconquista impediu uma completa estagnação dos servos, que conseguiram sair do jugo dos seus senhores, muitas vezes voluntariamente, ou até mesmo fugindo. Os mais ricos viviam em geral dentro da área de um concelho, que praticamente governavam, entretanto a escravatura nunca desapareceu por completo na Idade Média, principalmente com os muçulmanos.

O clero possuía pouca individualidade própria. Existia o alto clero com características sociais e econômicas da alta nobreza assim como o baixo clero vivendo em condições ater inferiores de servidão.

No território português nunca deixara de ocorrer o comércio, seja ele terrestre ou marítimo, principalmente o reino de Leão e também com o Sul islâmico. Mas em finais do se. XII navios portugueses já comercializavam com o Flandres e as ilhas Britânicas, alcançando Londres e Dublin.
Quando havia algum debate de tema generalizado, o rei convocava o grande número de nobres e autoridades clericais, é nessas convocações que surge o princípio do parlamento de reino.

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