segunda-feira, 20 de julho de 2009

Trechos da História de Portugal... formação do Império

A principal ocupação do reino lusitano consistia em conquistar o Norte da África ou até mesmo chegar ao trono castelhano. Assim, a conquista de novas terras ficou na mão desde cedo, na mão de mercadores de Lisboa, situação que após a morte do monarca D. Fernando em 1470 se alterou, Portugal passou a se transformar em uma empresa estatal exploradora de novas terras.

Foi principalmente D. João II que ainda antes de chegar ao trono, elaborou um plano coerente de descobertas, com todos os propósitos estabelecidos, já em 1479 Portugal e Castela assinaram um tratado deixando as Canárias para a Coroa de Castela e a sul daquela ilha reconhecia o monopólio português, incluindo Madeira e Açores.

Da mesma maneira que as descobertas pela costa ocidental africana deram continuidade, os portugueses também navegavam para o ocidente, mas como o Oceano Atlântico é escasso em ilhas e o registro se dava geralmente com o descobrimento de novas terras, é bem provável que muitas expedições tenham ficado sem anotar. Mas desde logo 1460 era de conhecimento dos navegadores a existência de terras ao extremo ocidente e em alguns casos organizavam-se expedições para procurá-las mais tarde, o que pode ter ocorrido no caso do Brasil.

Colombo que fora rejeitado em Portugal por afirmar que o caminho para as Índias era mais próximo pelo ocidente que pelo oriente, ao retornar de sua expedição em 1493 e tendo passado por Lisboa, fez com que D. João II tomasse parte de suas descobertas. De fato ele não havia chegado às índias, mas descobrira novas e imensas quantidades de terra. Logo Portugal reclamou seus direitos, pois as novas terras situavam-se a sul das Canárias, os espanhóis, propuseram diversos acordos culminando no Tratado de Tordesilhas, que limitava segundo uma linha meridiana passando a 370 léguas (1184 milhas) a oeste das ilhas de Cabo Verde, a parte ocidental pertenceria a Castela e a parte Oriental sob domínio de Portugal. (Este tratado nunca fora respeitado integralmente).

Ao falecer em 1495, D. João já tinha iniciado os preparativos para a expedição que iria chegar às Índias sob o comando de Vasco da Gama. Uma viagem que durou mais de dois anos (ida e volta), mas com resultados que Portugal desfrutaria por quase três séculos.

Logo que Vasco da Gama atracou em Lisboa, foi organizada outra expedição maior, liderada por Pedro Álvares Cabral, que partiu de Lisboa em março de 1500, seguiram a mesma rota, mas navegaram mais para sudoeste que Vasco da Gama, o que ocasionou o descobrimento do Brasil em 22 de abril de 1500. Cabral mandou um dos navios de volta a Portugal para relatar o achado e prosseguiu rumo às Índias, retornou de lá em julho de 1501. Em quinze meses fez a viagem que Vasco da Gama realizou em mais de dois anos, obtendo lucros muito maiores e um novo território à Coroa Portuguesa.

Descrições atuais mostram que a descoberta do Brasil não causou tanta admiração em Portugal, que estava voltada para o comércio com a Índia. Até mesmo expedições que chegaram a descobrir ou até mesmo explorar ilhas e fragmentos do continente americano não foram dadas importância, pois se considerava território espanhol.

É verdade que as descobertas na África e na América foram bastante originais, mas não se deve esquecer que o continente asiático também estava ao mesmo tempo sendo descobertos e explorados, onde os portugueses tiveram ajuda dos árabes, que há muito haviam colonizado aquela região. Com essa ajuda, os portugueses em quinze anos já haviam navegado por toda a costa asiática (1498-1513), exceto China e Japão.

Na África, as missões mais relevantes foram as realizadas na Etiópia, pois se acreditava que lá havia uma forte política econômica de domínio das rotas da especiaria e do ouro, mas que logo foram deixadas de lado quando Portugal tomou nota de sua baixa influência nesse mercado.

Na Ásia tiveram inúmeras viagens feitas por mercadores, mas sem muitas anotações, é de conhecimento que Portugal atingiu as ilhas da Malásia, Java e Sumatra (estas duas últimas na atual Indonésia). Comerciantes portugueses também viajaram por terra o continente asiático, chegando um embaixador português ir por terra, atravessando todo o Oriente Médio, à Europa.

No Brasil, o avanço para o interior se deu através de expedições lideradas por Martim Afonso de Souza, atual capitão-governador.

Quando os portugueses chegaram a costa asiática, lá encontraram já os árabes dominando todo o comercio e, por conseguinte, o islamismo como religião oficial. Deste modo, as conquistas sempre perpassaram por guerras, tanto para domínio comercial quanto para domínio político-religioso e Portugal manteve uma política de agressão estratégica, destruição radical e conquista final.

Os portugueses, entretanto sempre estiveram conscientes de sua incapacidade física de construir um império tão distante da Europa, desde cedo os lusitanos se enviesaram para um domínio dos mares, que fosse eficaz e mantivesse a hegemonia em uma larga área de influência.

Os grandes centros de influência português na Ásia foram sem dúvida Malaca (controle do tráfico marítimo), Ormuz (domínio do Golfo Pérsico), Goa (sede administrativa) e Macau (conquista dento do maior estado asiático: a China). Sem contar outros centros menores: nas ilhas nas Maldivas, em Sumatra, nas Molucas, etc.

Nas Índias, os portugueses ganharam território político aliando-se aos hindus, que aceitaram bem o cristianismo, contra os muçulmanos.

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