Porque Tudo Muda...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Anotações sobre a Independência de Nova Granada...

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A formação de Estados Nacionais e a queda de dos estados absolutista europeus tem relações diretas com as revoluções industrial e francesa, isto é, a ascensão da burguesia ao poder político e construção de Estados liberais, essa dissolução das monarquias absolutistas tem associação comum a independências das colônias americanas de Espanha e Portugal. Esta independência foi forjada em cima da construção do espírito patriótico e da formação incipiente de um nacionalismo, que se caracteriza muito mais pelo aspecto funcional-instrumental do que pelo que contém.
Este nacionalismo serve para motivar a população ou parcelas dela a fim de combater opositores a um projeto político-econômico de Estado-nação, quer sejam opositores externos ou internos. Este movimento tem muito haver com os processos de industrialização e modernização empreendida pelos países recém-nascidos ou com mudanças significativas nas estruturas de estado, economia e sociedade, este último caso no que se refere à Europa e as revoluções burguesas, posto que se entende por modernização, as mudanças estruturais ocorridas na Europa ocidental no século XVIII.


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Mapa das Independências da América Espanhola


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Essas ligações entre nacionalismos e processos de modernização podem ser encaradas como uma tentativa de eliminar os desníveis econômicos e políticos, isto em especial para os países não europeus, haja vista que as colônias americanas, mesmo se propondo se desligarem politicamente da Europa, vê naquele continente o símbolo de desenvolvimento e modernidade a ser seguido, sendo então uma condição preliminar para alcançar o nível europeu. Desta forma, é possível perceber que o nacionalismo como uma ideologia que busca o desenvolvimento e para isso realiza uma comunicação intensiva de suas idéias e une os indivíduos através de um critério como mesmo idioma e cultura, para que exista uma integração entre os indivíduos.
É nessa perspectiva que as elites crioullas formataram uma construção de identidade neogranadina na construção de um espírito patriótico para defender os interesse da população da colônia de Nova Granada da Metrópole, e seus objetivos em mais particular. Este nacionalismo criado e propagado por essas elites pode incorrer a desconsideração da participação da população em geral, que por ora muitas vezes é objeto da propaganda nacionalista, mas também a assimila, a cria e a propaga de sua forma.




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Mapa de Nova Granada


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Um dos primeiros movimentos desta construção nacional de Nova Granada foi representada pela insurreição de Comuneros em ocorrida nos anos de 1780-81, caracterizada pela recusa dos crioullos em aceitar um governo por líderes peninsulares, segundo eles a Coroa deveria dar créditos a seus fiéis súditos da colônia e que estes tinham condição de se autogovernarem com lealdade a Vossa Majestade. O conflito foi solucionado, coma Metrópole acatando boa parte das reivindicações dos Comuneros. O argumento principal da elite colonial e a igualdade entre eles e os espanhóis peninsulares, ou seja, todos pertenciam à mesma família sob a direção paterna de um mesmo monarca.
Aliada a estas questões políticas, houve um desenvolvimento ocasionado diretamente pela tentativa de a Espanha promover a modernização e transformação do seu império por meio das Reformas Bourbônicas, assim em Nova Granada foram realizados estudos sobre a viabilidade econômica, os aspectos geográficos, a disponibilidade de recursos teóricos, bem como a definição de fronteiras do Vice-Reino de Nova Granada como um todo, assim as classes altas alargaram seus conhecimentos sobre seu próprio território. Deste modo, começou a tornar-se perceptível à elite crioulla o quão havia de desnível entre a situação econômica de sua pátria e a possibilidade de exploração de recursos naturais e o uso de técnica moderna para o desenvolvimento da nação.


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Movimento Comunero



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Esse avolumar de conhecimentos territoriais e o crescente descontentamento de alguns grupos da elite com s políticas empregadas pela Espanha, que não levavam em conta os interesses político-econômicos locais levaram a alguns grupos crioullos romperem com a Metrópole, pois este Estado opunha-se aos desenvolvimentos possíveis de Nova Granada. Isto se deu principalmente por conta de uma elite cada vez mais consciente de seus interesses que sabia de sua definição territorial e qual era sua comunidade nacional. A proposta era um Estado baseado nos valores de liberdade, igualdade e possibilidade de desenvolvimento, elementos inexistentes sob jugo espanhol.
A primeira separação da Espanha se deu em 1810, que não fora reconhecida internacionalmente e provisória, pois a Espanha voltou a controlar o Vice-Reino por um breve período, mas os crioulos fizeram a propaganda da unidade nacional pautados nos princípios de liberdade e igualdade, isto é o que distinguia o novo Estado do antigo status colonial, assim indicavam um caminho viável em busca da integração e unidade territorial. Para essa integração houve apoio a população indígena, para justificar e consolidar o movimento e seus objetivos, ou seja, alcançar a liberdade e a autonomia.


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Neogranadense

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Esse avolumar de conhecimentos territoriais e o crescente descontentamento de alguns grupos da elite com s políticas empregadas pela Espanha, que não levavam em conta os interesses político-econômicos locais levaram a alguns grupos crioullos romperem com a Metrópole, pois este Estado opunha-se aos desenvolvimentos possíveis de Nova Granada. Isto se deu principalmente por conta de uma elite cada vez mais consciente de seus interesses que sabia de sua definição territorial e qual era sua comunidade nacional. A proposta era um Estado baseado nos valores de liberdade, igualdade e possibilidade de desenvolvimento, elementos inexistentes sob jugo espanhol.
A primeira separação da Espanha se deu em 1810, que não fora reconhecida internacionalmente e provisória, pois a Espanha voltou a controlar o Vice-Reino por um breve período, mas os crioulos fizeram a propaganda da unidade nacional pautados nos princípios de liberdade e igualdade, isto é o que distinguia o novo Estado do antigo status colonial, assim indicavam um caminho viável em busca da integração e unidade territorial. Para essa integração houve apoio a população indígena, para justificar e consolidar o movimento e seus objetivos, ou seja, alcançar a liberdade e a autonomia.


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· KÖNIG, Hans-Joachim. Independência e nacionalismos em Nova Granada / Colômbia.


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